Te olho.
Posso perceber sua respiração ofegante da subida.
Tão perto, tão distante.
Você espera.
Após o soar da campainha, a ansiedade do rodar da maçaneta e do rosto na fresta da porta antecedendo a abertura de um abraço terno.
Seguro na chave. Aguardamos o barulho das roldanas da fechadura.
Mas não.
Você, assim, pequeno de longe. Já não enxergo seu cabelo milimetricamente ajeitado para o lado direito.
Sinto na palma de uma mão a rigidez da porta, na outra o gelo da maçaneta.
Me afasto.
Você desce.
Cartas para minha mãe. Um.
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Eu te perdi e ainda nem sei o quanto mesmo eu perdi. Todo dia eu descubro
um pouco mais a dimensão da minha perda… a melhor rabanada do mundo. O amor
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Há um ano