sexta-feira, 7 de maio de 2010

Construir

Um tijolo, cimento, mais tijolo.
Vai subindo, subindo, subindo.
Aos poucos a construção vai se erguendo como um passe de mágica para aqueles que não veem e arduamente para aqueles que nela trabalham.
Só quem sente o sol queimar na pele entende a dimensão de uma construção como essa.
Porém, antes de acabar vem um temporal e derruba tudo.
Sem uma boa base não tem como esperar que a construção resista uma forte tempestade.
E sem uma forte tempestade não tem como atestar como anda a base.

domingo, 2 de maio de 2010

Equimose

Vou pichar os muros, pintar o telhado de branco, mudar a ordem das casas, fazer com que a rua se torne menos monótona, colorindo-a em novos tons de verde.
Mudar o caminho, andar de costa, tomar um novo banho de chuva pela manhã e ao final do dia admirar o pôr-do-sol.
Ler um novo livro, olhar de uma forma diferente para as coisas, descobrir em cada abraço amigo um colo acolhedor.
Andar de bicicleta e soltar as mãos. Sentir o frio na barriga e a brisa no rosto para ter a boa sensação de estar vivo. E de viver. Em altos e baixos, mas viver.
Comer, comer, comer.
Sem ritmo, sem sensatez, sem regras, pois as regras são feitas para quem as construiu. Tenho as minhas.


Caminham por aqui.