quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ensaio sobre o Tempo

Se todos os grandes [e pequenos(?)] escritores, pintores, filósofos, artistas, seres vivos ensaiaram e não chegaram a lugar nenhum.
Se todos já o questionaram e não entenderam, não seria eu o único a ficar de fora.
Tempo.
Quem foi que disse que o dia é pra ficar acordado e a noite é pra dormir?
Quem regulamentou que o 1 é feito por 24, que é feito de 60, que são 60 e aí vai?
Não se sabe o valor do tempo até que o veja escoar pelo cano, igual pasta de dente cuspida na pia, que só escorre pelo ralo empurrada pela água.
Talvez a água seja tudo que aparece na vida: trabalho, pessoas, amores, amigos, igrejas, diversão, escola, dinheiro. Tudo aquilo que cada um se escora pra não ver o tempo passar.
TIC TAC e ele já passou.
Clichê dizer para aproveitar o tempo enquanto o tem. Clichê maior ainda é dizer que o futuro é agora(eu já disse).
O que é futuro?
Não há como saber, pois até hoje ninguém descobriu como aproveitar o mal(ben)dito tempo. Se tivesse descoberto, ninguém nunca teria escrito(nem eu).
Passou o tempo.
Ganhei ou perdi? Não sei.
Pelo sopro do acaso ou do destino me guei e me guiarei enquanto tiver (ou perder) o tempo.

Um comentário:

Cristiano Sobrinho disse...

O melhor a fazer é não olhar pra trás. Quando a gente olha, dá a impressão de que não fizemos nada.
Talvez pq temos a péssima impressão de nos cobrarmos mais do que devíamos, de exigir perfeição de nós mesmos.
E o tempo? Enquanto a gente tenta consertar, acertar, fazer bonito, sem chance de errar, o tempo tá passando.

O tempo passado? Quem consegue ver só as coisas boas?

Assim como o amor e o ódio andam juntas e uma dá lugar à outra, o bom e o ruim também se revezam.

Não olhe pra trás. O tempo te engana.

Caminham por aqui.